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A Catedral da Guarda, mandada erigir durante o reinado de D. João I, só concluída 150 anos depois, cria a simbiose perfeita entre o gótico e o manuelino. O interior tem um magnífico retábulo-mor em pedra de Ançã, executado pela oficina coimbrã de João de Ruão, e constitui a obra maior da escultura erudita do período mais tardio do Renascimento.
A Torre dos Ferreiros, uma das mais emblemáticas estruturas pertencentes à muralha da cidade, deverá datar de finais do século XVIII e inícios do século XIV. No interior existem três portas, uma das quais em guilhotina (uma das poucas existentes em Portugal) que garantiam a segurança da povoação pois tornavam a torre inexpugnável.
Localizado dentro das muralhas da cidade, o antigo bairro judeu é considerado um dos mais antigos do país e ainda hoje é possível ver marcas do judaísmo nas casas e calçada, assim como marcas feitas depois da cristianização - cruzes nas ombreiras portas, para dissuadir os inquisidores.
Afastada do centro urbano, a Capela do Mileu é um dos monumentos mais antigos da Guarda. Possivelmente com raízes visigóticas, revela-se hoje num exemplar do período de transição do românico para o gótico. Afirma-se como um ponto importante nos caminhos de peregrinação a Santiago de Compostela.
Esta torre é a memória física mais relevante da passagem de reis na cidade, assim como na defesa do reino contra Castela. O interior tem três pisos com pavimento em madeira cada um com uma experiência diferente. No piso térreo há um auditório onde é projetado um filme que promove uma visita virtual à cidade. No piso do Livro Mágico (2ºpiso) os visitantes podem folhear a História da Guarda de forma interativa, através da Carta de Foral e da "História da Guarda Oitocentos Anos de Cidade" em banda desenhada. No piso superior podem ter uma perspetiva 360º de paisagens fantásticas.
Reza a lenda que na origem deste convento terá estado a passagem de São Francisco de Assis pela Guarda, em 1214. Em termos arquitetónicos, apresenta uma planta regular que inclui de um dos lados uma igreja e no meio um claustro, na fachada exterior é possível verificar alguns vestígios da arquitetura medieval com a presença pontual de gárgulas de canhão.
O Museu da Guarda abriu ao público em 1985 e apresenta um acervo constituído por coleções de arqueologia, numismática, escultura sacra dos séculos XIII a XVIII, pintura sacra dos séculos XVI a XVIII e armaria dos séculos XVII a XX. E, ainda cerâmica, fotografia, etnografia regional, pintura e desenho de finais do século XIX e 1ª metade do século XX.
De localização privilegiada, em pleno coração da cidade da Guarda, trata–se pois de um edifício emblemático, com forte identidade simbólica na ordenação da envolvente urbana, assumindo preponderância numa vasta área comercial, cultual e de lazer.
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