A CIDADE FALCÃO

“Não há vento, porém a névoa parece mover-se” ao mesmo tempo que Salomão e a sua comitiva faziam o seu caminho em direção ao destino da viagem (Viena, Áustria). O sol “rompeu de repente o nevoeiro e empurrou-o para longe” tornando visível uma paisagem de cortar a respiração sobre o Vale do Côa e a Reserva Natural da Faia Brava.

Diz a lenda que na Batalha de Aljubarrota o destacamento de Pinhel capturou o falcão preferido do Rei de Castela e, por esse feito, ficou conhecida “Pinhel Falcão”. Da mesma forma que o destacamento de Pinhel capturou o falcão, desafiamos o Viajante a deixar-se capturar pela cultura e pelo vasto património monumental da cidade, proporcionando uma verdadeira experiência memorável.

Requalificados os 800 metros de muralha que rodeiam o Centro Histórico de Pinhel, é possível percorrer o que foi designado de Caminho de Ronda e desfrutar de uma perspetiva panorâmica da cidade, do castelo e sobre todo o espaço natural envolvente.

A Casa da Cultura é um espaço culturalmente multifacetado. Implantada num edifício imponente e de belos traços arquitetónicos, acolhe o Museu Municipal de Pinhel e os seus legados materiais e imateriais que caracterizam este território desde a pré-história até à atualidade, e ainda o Museu José Manuel Soares e as suas obras de arte na área da pintura e da ilustração, pelo que não faltam motivos para que o Viajante dedique especial atenção a este espaço.

É no Portugal profundo que o Viajante fica preso a esta rota e descobre a Aldeia de Cidadelhe, apelidada por Saramago de “calcanhar do mundo”, e que guardou em segredo, de mão em mão e de casa em casa, uma peça única e de enorme valor – o Pálio datado de 1707, de veludo, bordado a ouro, prata e seda – e que hoje se encontra exposto na Casa Forte, tendo o Viajante a oportunidade de conhecer esta peça até aos mais ínfimos pormenores.

A configuração desta rota turística local oferece ao Viajante o acesso a espaços naturais de reconhecido enquadramento paisagístico como o Rio Côa e a Reserva Natural da Faia Brava, assim como pequenos núcleos rurais de arquitetura vernácula onde pontificam alguns elementos patrimoniais de particular importância cultural. Este é também um espaço privilegiado para o Viajante realizar verdadeiras imersões na natureza – banhos de floresta – e “dialogar” com a flora local.

E porque esta viagem se faz de inspiração, procuramos oferecer verdadeiras memórias, pelo que convidamos o Viajante a desfrutar da rica e diversificada gastronomia local que preserva e valoriza a identidade da Beira Interior e, especificamente, do Município de Pinhel.