A CIDADE DE MONTANHA

Na cidade mais alta de Portugal, o ar frio da montanha serpenteia pelas ruas de granito, desvendando os símbolos da presença judaica que se encontram gravados nas pedras das casas antigas do centro histórico da cidade da Guarda. Neste lugar, marcado por vários “mistérios”, desafiamos o Viajante a descobrir, simultaneamente, os segredos do seu património monumental e o calor da sua população.

Calcorrear as ruas entrelaçadas do Centro Histórico, descobrir a Judiaria local, visitar a monumental Sé Catedral, descansar por breves instantes numa esplanada sob as arcadas quinhentistas da Praça Velha e apreciar os detalhes da sua arquitetura, conhecer o Museu Municipal da Guarda, que de tão familiar quase “se lhe sinta um coração” – assim o descreveu Saramago – e subir à Torre dos Ferreiros, são apenas algumas sugestões que partilhamos com o Viajante, porque estamos certos que a sua curiosidade o levará para outros pontos de interesse da cidade e do Município da Guarda.

Imponente com o seu aspeto de fortaleza e monumentalidade, a Sé Catedral da Guarda impressiona pela inspiração do desenho e da decoração gótica do seu exterior e pelo grandioso retábulo renascentista da capela-mor, entre tantos outros aspetos. Nesta imersão na Sé Catedral o Viajante está obrigado a localizar e a conhecer a “estória” sobre a famosa gárgula que se posiciona estrategicamente na direção de Espanha.

A subida à Torre dos Ferreiros oferece ao Viajante um cenário privilegiado sobre o território da Guarda e sua dimensão. Esta experiência deve ser vivenciada nas diferentes estações do ano, proporcionando ao Viajante perspetivas, cores e emoções muito diferenciadas.

No inverno, a cidade cobre-se de um manto branco, enfeitando as paisagens e as ruas que só aquecem com o calor humano da sua comunidade e dos que a visitam.

As montanhas do Parque Natural da Serra da Estrela e o vale Rio do Mondego na primavera pintam a paisagem de verde e convidam à prática de atividades ao ar livre, como um passeio pelos mais recentes Passadiços do Mondego, um percurso com cerca de 12 km que levam o Viajante à descoberta de múltiplos segredos naturais e paisagísticos, onde se destaca a Cascata do Caldeirão.

E porque esta viagem se faz de inspiração, procuramos oferecer verdadeiras memórias, pelo que convidamos o Viajante a desfrutar da rica e diversificada gastronomia local que preserva e valoriza a identidade da Beira Interior e, especificamente, do Município da Guarda.